Selas:

07/09/2011 16:03

  As primeiras Selas, serviram de modelo para as contemporâneas, foram feitas nos primeiros anos da era cristã por uma tribo nómada da zona do mar negro e eram feitas com armação de madeira. As primeiras selas foram desenvolvidas visando atender necessidades básicas no transporte, tração leve, esportes e, infelizmente, nas guerras. A sela foi uma evolução dos arreios antigos, pesados e grosseiros no acabamento, ainda hoje largamente utilizados no Brasil, em animais de serviço.

     A Importância da sela para o cavaleiro e o reflexo da sua utilização para o cavalo.
     Modelos de selas, há tantos quanto modalidades eqüestres.
     Escolher o modelo mais adequado para cada gosto e finalidade pode ser fácil:
     Quando acabamos ficando com aquela que "todo mundo usa", numa hípica ou entre os praticantes de determinado esporte. Pode ser fácil, quando compramos nosso primeiro cavalo e nos vemos meios confusos com a diversidade de modelos que existem. Entretanto, a escolha é bem facilitada quando, antes de preço, modismo ou aparências pensarmos numa definição simples: "toda sela tem que ser confortável para o cavalo e para o cavaleiro, adaptando-se à anatomia de ambos de modo a permitir ao cavalo liberdade de movimentos sem dor, e ao cavaleiro manter-se equilibrado com a mínima força".

 

Como escolher a melhor sela:

     Utilização: lazer, trabalho ou esporte?
Uma sela para passeio pode ser mais simples e leve, enquanto aos adeptos de romarias e desfiles preferem modelos mais ornamentados. O trabalho com gado exige selas reforçadas, enquanto cada esporte tem sua sela própria.
     Tipo racial e conformação do cavalo:
As medidas da sela precisam corresponder à anatomia do animal. Selas grandes ou pequenas demais causam machucados e até inutilização do cavalo, além de provocarem nele atitude rebelde, podendo fazê-lo empinar ou corcovear.
     Altura e medidas do cavaleiro:
Os bons fabricantes oferecem medidas de selas adequadas para crianças e adultos; também há variações de acordo com o peso e as medidas do usuário. Conforto e segurança são essenciais para se poder cavalgar com segurança.

Boas Selas: "Seus suadouros se apóiam uniformemente na musculatura dorsal do cavalo; Os estribos são fixados numa posição que possibilita a boa colocação de perna do cavaleiro, na vertical como se ele estivesse de pé com as pernas ligeiramente flexionadas; Tem os loros feitos de uma tira de couro forte e inteiriça, sem ser emendada por costuras; É feita de couro resistente a estiramento excessivo ou desgaste precoce; Tem as ferragens confeccionadas em metal inoxidável; Suas barrigueiras ou cilhas tem, espessuras e acabamento que evita assaduras no cavalo".

 

     O peso médio das selas nacionais oscila nos 13 Kg, em média, com uma larga variação, sendo as selas do cavalo Quarto de Milha mais pesadas, com peso acima dos 20 Kg. Já as selas do cavalo de corrida (Puro Sangue Inglês) são as mais leves, com peso em torno dos 5 Kg. Sempre é bom lembrar que o cavalo carrega, além do cavaleiro, o peso extra de todo o arreamento. Este peso total poderá limitar o desempenho atlético do eqüino em algumas atividades especializadas.

 

Partes da sela: 

Cepilho (ou cabeça): A largura e altura do cepilho varia muito de acordo com o modelo da sela. Não deve ser muito baixo, para não pressionar a cernelha, não deve exceder a altura da patilha, pois haverá um deslocamento excessivo do cavaleiro para traz, pressionando a região renal do cavalo alterando o equilíbrio. Se for muito volumoso ocasionará desconforto na parte interna das coxas do cavaleiro.

Patilha (encosto): A altura e inclinação também variam bastante. Se for muito inclinada, deslocará o assento para traz, se for alta e pouco inclinada ocasionará desconforto no coquis. O ideal é altura e inclinação moderada.

Assento: O assento da sela deve tender ao dianteiro, ser fundo e confortável, o correto é o peso do cavaleiro ser direcionado para a região dorsal, para não pressionar o lombo, onde estão localizados os rins, órgãos muito sensíveis.

Suador: Parte inferior da sela, que apóia sobre a manta. O suador tem um enchimento que atua como amortecedor, podendo ser de capim, lã ou poliéster. Sem esta proteção, os atritos diretos resultam em pisaduras, que são lesões abertas que se desenvolvem ao longo da Cernelha, Dorso e/ou Lombo, sendo de difícil cicatrização. Se o cavalo é volumoso em sua região torácica, exigirá uma sela de suador mais aberto, no caso inverso, exigirá uma sela de suador mais fechado. A sela deve ser bem posicionada para não limitar os movimentos das espáduas (a partir do meio da Cernelha).

Curiosidade: As autênticas selas inglesas nem mesmo exigem o uso de mantas, tendo o suador macio e maleável.

Armação: É a estrutura da sela, podendo ser de ferro (torna a sela mais pesada), de aço, de madeira (peso moderado), ou de fibra (torna a sela mais leve).

Abas e Sobre-abas: As abas, quando suficientemente longas, funcionam como pára-lamas, sendo que a forma e o tamanho variam bastante, com predomínio da inclinação dianteira e recorte em forma arredondada. Algumas abas têm uma saliência para apoio dos joelhos. Já as sobre-abas são curtas, de função apenas estética.

Pára-lamas (Lameiras): Protege a calça do cavaleiro, é uma peça dispensável, caso as abas sejam longas e o cavaleiro estiver usando botas de cano alto. Sem os pára-lamas a sela fica mais leve, além do melhor conforto para as pernas. Geralmente, os pára-lamas não se encaixam bem nos loros.

Estribos: Serve de apoio para os pés, evitando que estes balancem com os deslocamentos do cavalo. A forma dos estribos varia, sendo ideais os estribos em forma de sino, porque não prendem os pés com a facilidade dos estribos redondos, o que seria perigoso no caso de quedas, proporcionam melhor apoio, principalmente se a base é larga e revestida em borracha. Uma base larga é necessária nos estribos de selas para Enduro, atividade onde há mais chances do cavaleiro perder o apoio nos estribos. Um tipo especial de estribo é o "salva-vidas", de base móvel. O material que se utiliza para a fabricação dos estribos pode ser o aço inoxidável, metal, ferro, ou alumínio.

Curiosidade: Estribar é o nome que se dá ao ato de forçar os estribos com os pés, o que é incorreto na Equitação de Alto Escola, mas podendo ocorrer na Equitação Rural.

Loros: São as peças de couro que sustentam os estribos, sendo presos na armação da sela através de argolas.

Barrigueira e Cilha: A barrigueira, é uma peça que passa pela barriga do cavalo, tendo a finalidade de ajustar a sela. A cilha é uma peça mais estreita, que passa pela região do Cilhadouro, logo atrás do Codilho. Existem muitas controvérsias quanto à indicação do uso da barrigueira, o argumento contra o seu uso é o de que ela interfere na dinâmica de locomoção, entendo que esta limitação ocorre somente quando a barrigueira for demasiadamente apertada.

Alguns tipos de Selas

Sela Americana

Sela Australiana

Sela Hípica

Sela para Enduro

Sela Australieta

 

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